Participei de uma degustação com 9 rótulos, importados pela Confraria Januário em Belo Horizonte. Uma degustação muito agradável, conduzida pelo Sommelier Igor Maia.
Antes de falar dos vinhos, primeiro vamos conhecer um pouco sobre a região da Galícia ou Galiza, como melhor preferir. Essa região está localizada na Espanha, ao norte o mar Cantábrico, a oeste o oceano Atlântico, a leste as regiões espanholas de Astúrias, Castela e Leão, e ao sul Portugal, é uma região montanhosa, que lhe confere condições climáticas únicas em todo país. A região da Galícia é uma comunidade independente que pertence ao país desde 1833, mas tem registros históricos de ocupação desde o século XI a.c, quando ocorreu a invasão celta na região.
A Galícia tem uvas nativas com o maior destaque para a Torrontés e a Mencía que em Portugal tem sua irmã, a uva Jaen.
As principais regiões vinícolas da Galícia são as de Ribeiro, Valdeorras, Rias Baixas e Ribeira Sacra. Os rótulos degustados são oriundos de Ribeiro e Ribeira Sacra.
Abaixo compartilharei minhas impressões e dicas de harmonização.
O primeiro rótulo degustado foi o Castro Regio:
Vinho branco, seco, da região de Ribeiro, é feito das cepas Verdejo 20% e a Airem 80%.
Cristalino, de cor dourado, no nariz, lembra compota de abacaxi, maçã e pêra. A acidez é equilibrada e o álcool não é aparente. Harmoniza com pescados, mariscos, carne de porco, saladas e queijo de cabra.
O segundo foi o Playa Dorada:
O Playa é um rose, seco, da cepa Grenache, da região de Ribeiro.
É um vinho cristalino, cobreado, que no nariz traz frutas vermelhas frescas como morango.
Na boca, há uma grande refrescância com baixa acidez, sem álcool aparente, o morango mostra-se na boca também. Um vinho para ser degustado em um fim de tarde quente, em dias ensolarados a beira da piscina.
Harmoniza com frutos do mar, salmão, sushi, sashimi, canapês, saladas, queijos maduros e petiscos.
O terceiro foi o Samonis:
O Samonis é um vinho branco, seco, das cepas Torrontés 60% e Palomino 40%, da região de Ribeiro.
Vinho cristalino, de cor dourado claro que no nariz é frutado, com destaque para maçã verde, abacaxi e um leve toque amanteigado. Na boca, mostra-se refrescante, com uma acidez média, o álcool não é aparente e tem um toque cítrico que lembra o abacaxi.
Harmoniza com sushi, sashimi, peixes em geral, carne de porco, carnes curadas e saladas.
O quarto foi o Son do Mar:
O Son do Mar é um tinto, seco, da cepa Tempranillo, da região de Ribeiro.
Este é um vinho cristalino, rubi, que no nariz traz frutas vermelhas, gosto amanteigado e um cheiro de terra molhada, denominado terroso, não possui álcool aparente.
Na boca, as frutas vermelhas estão presentes, além do sabor terroso que para muitos pode parecer madeira.
A acidez é baixa, o tanino médio +, o álcool não é aparente, a intensidade é média e a duração na boca também é média.
Harmoniza com carnes vermelhas, churrasco, massas com molho a bolonhesa, massas recheadas e queijos curados.
O quinto foi o Bandido Superior:
O Bandido Superior descansa por 3 meses em barricas de carvalho.
É um vinho tinto, seco, das cepas 60% Tempranillo e 40% Garnacha, da região de Ribeiro.
Cristalino, rubi com as bordas tijolo, este vinho traz no nariz aromas de frutas vermelhas maduras, torrefação, especiarias e um amadeirado.
Na boca, traz frutas vermelhas, a madeira também está presente, a acidez é alta, os taninos são equilibrados, o álcool não é aparente, a intensidade e a duração na boca são curtas.
Harmoniza com carnes vermelhas, salame, massa com molho simples e queijo leve.
O sexto foi o Samiel:
O Samiel é um vinho tinto, seco, da cepa Merlot, da região de Ribeiro.
É um vinho cristalino, rubi com as bordas tijolo.
No nariz, traz frutas vermelhas, ameixa, groselha, terroso, o álcool está aparente.
Na boca, traz uma baixa acidez, taninos médios, as frutas vermelhas estão presentes, o álcool não é aparente na boca, a intensidade na boca é média e a persistência média.
Harmoniza com vitela, carne de cordeiro, petiscos e massas com molho vermelho.
O sétimo foi o Bandido Cabernet Sauvignon:
O Bandido é um tinto, seco, da cepa Cabernet Sauvignon, da região de Ribeiro.
É um vinho cristalino, rubi, que no nariz traz frutas vermelhas e um terroso.
Na boca, traz as frutas vermelhas, o álcool não é aparente, tem baixa acidez, tanino médio ++. A intensidade na boca é média e a persistência média.
Harmoniza com pizza, carne vermelha, queijo curados e massas com molho vermelho.
O oitavo foi o Diego Corrientes:
O Diego Corrientes é um tinto, seco, das cepas Tempranillo 60% e Garnacha 40%, da região de Ribeiro.
É um vinho cristalino, rubi, que no nariz traz frutas vermelhas e ameixa.
Na boca, é frutado, possui uma acidez média, taninos equilibrados. O álcool não é aparente, a intensidade na boca é curta e a duração também curta.
Harmoniza com massas, aves, carne bovina e queijos.
E para fechar a degustação, o nono foi o Rectoral de Amandi:
O Rectoral de Amandi é um vinho tinto, seco, da cepa Mencía, da região de Ribeira Sacra.
Cristalino, rubi, este vinho traz no nariz frutas vermelhas maduras e torrefação.
Na boca, as frutas vermelhas são um destaque, com baixa acidez, possui também um tanino baixo, o álcool não é aparente, a intensidade na boca é média ++ e a duração média ++.
Harmoniza com vitela, massas com molho leve, queijos de massa mole e queijos semi-curados.
Foi uma ótima de degustação oferecida pela Confraria Januário.
Obrigado a toda equipe.
Se ficou interessado em experimentar os vinhos é só entrar em contato com a Bacchus de Minas pelo instagram ou e-mail. Até a próxima!
Saúde!
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