Quem nunca se perguntou: como são feitas as rolhas?
Ou mesmo o que ou como se extrai a cortiça? Material único e peculiar.
Pois bem, vamos fazer por aqui um breve relato sobre esse assunto que é deveras fascinante para caber em apenas algumas linhas!
Boa leitura!
O início de tudo
O uso inicial das rolhas está associado ao período em que o vinho passou a ser armazenado, da forma que é até hoje, em garrafas e isso aconteceu por volta do século XVI, muito embora escavações arqueológicas encontraram ânforas de vinho vedadas com rolha de cortiça na antiga Fenícia e também nas cidades soterradas pela erupção do Vesúvio, Ercolano e Pompeia.
A cortiça, matéria prima da produção das rolhas, já era utilizada há milhares de anos por gregos e romanos na fabricação de muitos artefatos e foi e é utilizada até hoje pela indústria moderna desde fábrica de automóveis a indústria aero- espacial como na fabricação de bolas de beisebol e críquete.
É um material natural, orgânico, trata-se da casca do sobreiro, um carvalho que cresce em áreas mediterrâneas, principalmente na península ibérica, onde Portugal é responsável por grande parte da produção mundial de cortiça.
O Sobreiro
O Sobreiro é uma árvore que pode atingir 25 ou 30 metros de altura e tem uma longevidade de vida que chega a 150 anos. A casca se desenvolve envolta do tronco e serve como proteção contra o calor ou frio excessivos, contra pragas e até contra incêndios.
Após 25 anos de vida é que pode-se se fazer a primeira extração da cortiça, sem que seja preciso para isso cortar o sobreiro, depois dessa primeira extração a árvore desenvolve uma nova casca que pode ser retirada a cada 9 anos aproximadamente.
No sul de Portugal, principalmente na região do Alentejo o negócio da cortiça é o empenho de tradição e trabalho de muitas famílias que detém verdadeiras fazendas de sobreiros, um negócio que envolve uma história.
Rolhas de Vinho, Naturais, Sintéticas e Screw Caps
Com a larga escala mundial na produção de vinhos já na década de 80 os Norte Americanos criaram rolhas sintéticas para utilizar em seus produtos, uma vez que a rolha de cortiça encarecia o produto tendo sua produção quase que totalmente artesanal.
Desde então uma enorme polêmica se estabeleceu sobre os críticos e consumidores apaixonados de vinhos, qual seria a melhor opção, a rolha tradicional e natural de cortiça ou a moderna rolha sintética, a verdade é que existe mercado consumidor para as duas qualidades.
A cortiça tem uma importância grande por ser um material elástico e expansivo capaz de aumentar a vedação, além de ser um isolante térmico e impermeável potente conservando os melhores vapores e notas dos vinhos armazenados.
Uma história de tradição e de milhares de anos assim como o próprio vinho, tudo é arte nesse universo vinícola.
Nos últimos anos uma outra modalidade de vedação da garrafa surgiu o “screw crap”, consiste em fechar a garrafa sem o uso de qualquer rolha, tornou-se mais prático para abrir além de que estudos compravam que também mantém a qualidade alta dos vinhos, mas isso é assunto para um outro texto.
Salve Baco!!!
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