Dos muitos preconceitos que rondam o maravilhoso “mundo dos vinhos” há um que pode facilmente ser colocado em xeque.
Muitas pessoas acreditam que os vinhos brancos são menos complexos que os tintos e, consequentemente, seriam inferiores em termos de complexidade.
Embora seja difícil saber com certeza quais as origens dessa concepção (a qual julgo ser errônea), acredito que questioná-la pode ser bastante simples. Como? Simplesmente degustando!
Recentemente, reunimo-nos com alguns amigos enófilos para conhecer um pouco mais da casta que é considerada como a “rainha das brancas”: a Chardonnay.
De maneira lúdica e despretensiosa, nos aventuramos a degustar às cegas rótulos de quatro diferentes países.
Três deles representando o chamado “novo mundo” – Brasil, Argentina e Austrália – e, outro representante do “velho mundo”, um Petit Chablis “da região de Borgonha, na França.
A ideia era tentar observar como a mesma casta pode se comportar de maneira distinta, dependendo da região onde é cultivada e de seu processo de elaboração.
Uma de cada vez, as garrafas cobertas foram sendo degustadas e analisadas em seu aspecto visual (coloração), aromático e gustativo.
Cada uma delas recebeu uma pontuação de zero a cinco de acordo com as opiniões de cada um dos participantes.
Depois, compartilhamos as impressões pessoais e verificamos as notas dadas para cada um dos vinhos.
O resultado?
- Em primeiro lugar ficou o representante do Brasil, o “Legno (2017)” da Pizzato (R$135),
- em segundo, o australiano “Yellow Tail (2016)” (R$65),
- em terceiro houve um empate entre o argentino “Angélica Zapata (2013)” (R$240)
- e o Petit Chablis “Louis Jadot (2015)” (R$200).
Vale mencionar que há vários elementos distintos que fazem com que essa comparação deva ser entendida como um exercício realmente despretensioso: são safras diferentes, métodos de elaboração diferentes e distintas faixas de preço.
Por esse motivo, o objetivo é apenas aprender um pouco mais sobre a casta escolhida, degustar e se divertir.
Além da descontração que essa atividade nos trouxe, pudemos aprender juntos um pouco mais sobre a Chardonnay e, sobretudo, pudemos comprovar a grandiosidade e complexidade dos vinhos brancos.
Acredito que o que está na base do preconceito contra os vinhos brancos é a escassez do “enorepertório”, ou seja, o fato de que muitas pessoas não se aventuram a conhecer diferentes rótulos.
Quanto mais vinhos provamos, mais percebemos que o universo dos vinhos é grandioso! E, além disso, poucas coisas são tão prazeirosas quanto se aventurar a conhecer vinhos diferentes entre amigos!
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